29 setembro, 2007

Promessas de Outono


Técnica mista S/Tela 60x100
(Tronco da árvore , raízes e solo em relevo)
Veste um fato arroxeado
cor de súplica.
Talvez pela manhã
se pudesse dizer acastanhado.
Lavrado de ogivas
e de mãos em estrela.
Sobre a terra gretada
e as pedras ainda mornas,
verte promessas de frescura.
Segreda destinos às aves de viagem.
Conduz as mãos dos homens
no afago de telhados e janelas.
Ensina as conchas da ternura
aos amantes cansados das areias.
É um tempo amável,
para ser lido nas heras
irmãs dos velhos muros,
nos frutos caídos de muitas gulas,
no leque multicolor do sol poente.
Dão-lhe o nome de Outono.
Ele chama-me Inverno.
Como quem diz sossego
ou anúncio de sono.

Licínia Quitério
Retirei o poema daqui

10 setembro, 2007






Acrilico S/Tela 32x32
(rochedos em relevo ,cola de madeira com gesso)